Já havia escrito uma vez, há não muito tempo, que ser solteiro parece um problema social. De repente, todos viram especialistas em relacionamentos, conselheiros invalíveis querendo resolver o seu "problema", quase como se fosse uma doença que precisa ser curada.
Confesso que com a minha idade... quero dizer experiência, muitas dessas situações me divertem um pouco, porém outras me deixam constrangido.
Mas, afinal de contas, qual o problema de não se odiar o ex-namorado, ou de não se desejar o mal dele. Terminei um relacionamento amoroso, porém continuo respeitando a pessoa com quem procurei compartilhar tanta coisa durante os últimos anos.
Os meus queridos "especialistas" acham que eu deveria sumir. Mas peraí, não somos mais adolescentes e precisamos aprender a lidar com o rompimento, ou viveremos em eternas fugas, atravessando a estrada, ou deixando de visitar determinados lugares, para que não sejamos vistos, ou vejamos, a razão de um antigo afeto. Absurdo!
Agora, continuemos a linha de raciocínio sobre pensar e agir diferente. Você é um recém solteiro, mal conseguiu colocar suas cuecas no lugar, ou se adaptar a essa nova realidade de independência, e também de maiores responsabilidades, e já vem os seus especialistas dizendo que "dor de amor se cura com outro 'amor'"(!?). Dá um tempo.
E o que me chama a atenção é que eles acreditam que você vai sair e que o próximo cara será o certo! (risos)
Entretanto, e se eu simplesmente não quiser? E não estou falando de curtir a vida adoidado, falo apenas de não estar preocupado com isso...
Ouço as pessoas falarem com frequência "eu já tenho 30", "eu já vou fazer 33", ou a clássica "não posso morrer sem conhecer meu grande amor" (essa é de matar mesmo - hahaha).
Gosto de pensar que eu ainda estou só com 29 anos, que tenho muita estrada pela frente, e que ela não precisa ser, obrigatoriamente, trilhada junto com um grande amor, mas com um bom amigo. Portanto, mesmo que seja para alguém estar do meu lado, ele terá de ser mais do que um amante, ele terá de ser um amigo.
Quero ter o direito de dizer que não quero viver como a maioria, correndo de "bar em bar" atrás do grande amor.
Acredito que as pessoas são muito mais do que relacionamentos que duram 4, 8 ou 20 anos. Somos nós mesmos, diferentes, bem ou mal humorados, mas somos assim. A vida é assim e "se não fosse para ser assim, seria de outro jeito".
E aos que criticam, que falam que a vida de uma pessoa solteira, ou sozinha, é vazia, preciso lembrar que toda a vida é vazia, como uma tela onde nós somos os artistas, completando todo o espaço em branco com novas imagens. Uma caixa onde vamos colocando nossas experiências. Sinto pena dos que transmitem para outra pessoa, ou para o relacionamento, a tarefa de lhe preencher o vazio.
Vivo cada momento, seja de solidão, de trabalho, com amigos ou de lazer, sempre como algo que preencherá minha existência, mas sempre pelas minhas próprias mãos.
Sejamos felizes... sozinhos, acompanhados, ficantes... como for, mas sempre fazendo o que apenas você pode fazer pela sua vida... PREENCHENDO-A DE MOMENTOS EXTRAORDINÁRIOS!!!
2 comentários:
Bem, eu acho que todo mundo deveria não só passar pela experiência de estar só, solteiro, mas inclusive morar sozinho. Assim, quem sabe alguns "conselheiros amorosos", tais como os advogados de "porta de cadeia", aprenderiam que existem outras realidades além daquela. Veriam que a vida é mais que viver de relacionamento em relacionamento ou se preocupar a maior parte do tempo em ter um. Conheço pessoas que efetivamente nunca estiveram sós, saíram da casa dos pais para morar com a(o) namorada(o) e/ou esposo(a) e quando mal acabaram de terminar já estão em outro relacionamento e praticamente morando junto do outro instantaneamente. Claro, quando os filhos não substituem essa carência afetiva com seu amor "incondicional". Conheço até casais que se separaram e continuaram vivendo juntos por comodidade... De qualquer maneira, se conselho fosse bom não se dava, assim como o teu texto e como meu comentário... Contudo aconselho: use filtro solar (wear sunscreen) e vá morar sozinho(a) e solteiro(a).
Gostei do conceito "conselheiros invalíveis". Tendo sido um erro ou não... soa, no mínimo, interessante!
Postar um comentário